201) Mercosul em marcha...
Telefonema do Presidente Kirchner ao Presidente Lula sobre o Mecanismo de Adaptação Competitiva; A Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República divulgou a seguinte nota: (Nota MRE à Imprensa nº 76 - 01/02/2006)
"O Presidente da Argentina, Néstor Kirchner, telefonou hoje (1/02) para o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para congratular-se pelo êxito das negociações sobre o Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC) entre Brasil e Argentina, visto que foi honrado plenamente o compromisso de se chegar a um acordo sobre o tema até o dia 31 de janeiro. O Presidente Kirchner elogiou as duas delegações, que demonstraram capacidade de trabalhar juntas em prol de objetivos comuns. O Presidente argentino afirmou ao Presidente Lula que o acordo representa uma mensagem de otimismo para o futuro do Mercosul.
O Presidente Lula manifestou satisfação com a notícia da conclusão do acordo que institui o MAC. Agradeceu o telefonema e pediu ao Presidente Kirchner que transmitisse seus cumprimentos às delegações dos dois países. Disse estar satisfeito com a demonstração dada, pela Argentina e pelo Brasil, de como o Mercosul vem-se fortalecendo sob os ângulos político, econômico e comercial. O Presidente Lula concluiu, afirmando que esse resultado reforça sua convicção de que o fortalecimento das relações entre o Brasil e a Argentina contribui para a integração da América do Sul.
Ambos os Presidentes manifestaram a expectativa de voltarem a se encontrar na Reunião Triparte, prevista para março, em Mendoza (Argentina).”
Esta é uma maneira de ver as coisas. A outra seria perguntando aos próprios interessados, ou seja, aos industriais argentinos, de um lado, e aos brasileiros, de outro, como eles vêem esse novo mecanismo comercial...
Post scriptum, às 11h05 do mesmo dia, após consultar a imprensa argentina: jornal La Nación, 2 Febrero 2006:
LA NACION: INDUSTRIA ARGENTINA SATISFECHA; BRASILENA RECHAZÓ ACUERDO !
1. Satisfacción en la industria local por el acuerdo con Brasil Representantes de diversos sectores de la industria argentina -particularmente, de aquellos denominados sensibles- mostraron hoy su satisfacción por el acuerdo alcanzado entre la Argentina y Brasil para regular el comercio entre ambos países. La Unión Industrial Argentina (UIA) expresó su apoyo a través de un comunicado difundido esta tarde: "La UIA destaca la importancia del protocolo suscripto para lograr mayores niveles de estabilidad y consolidación en el proceso de integración productiva".
2. Enérgico rechazo de industriales brasileños a las salvaguardias La influyente Federación de la Industria del Estado de San Pablo (Fiesp) fustigó hoy duramente el acuerdo alcanzado esta madrugada entre los gobiernos de la Argentina y Brasil, al que calificó como "un grave error" que va a generar "más poblemas que soluciones". El director de Comercio Exterior de la entidad, Roberto Gianetti de Fonseca, dijo a la agencia de noticias Télam desde San Pablo que el entendimiento implica "un retroceso del Mercosur", que pasará "de ser un área de libre comercio a una de comercio administrado".
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