10 março 2006

257) TV digital brasileira: a confusão está instalada...

Transcrevo (abaixo e em meu anexo blog de Textos) material retirado do Jornal da Ciência, edição de 10 de março de 2006, sobre a confusão instalada em relação à escolha de um padrão para a TV digital barsileira.
Figura em primeiro lugar mensagem que eu mandei para esse jornal, seguida de matéria transcrita da Agência Carta Maior:

Leitor opina sobre o processo de escolha do padrão de TV digital

Que tal, se por uma vez, o Estado dissesse: renuncio a uma escolha que sempre será parcial, incompleta e falha, e deixo à sociedade e aos agentes econômicos a liberdade de escolha

Mensagem de Paulo Roberto de Almeida, sociólogo (pralmeida@mac.com e http://www.pralmeida.org):

“Perguntar não ofende: Se é para defender a soberania nacional e os interesses ditos populares na definição de um padrão para a TV digital no Brasil, e se a definição por algum dos existentes, ou mesmo a de um novo, híbrido, como defendem alguns, sempre se dará em detrimento de uma série de vantagens (ou desvantagens) inevitavelmente associadas a qualquer um deles, por que não optar pelo óbvio, pelo mais simples, pelo que dá a maior liberdade possível a todos e a cada um, por que não optar por um que desobrigue o Estado de ter de fazer uma dolorosa e dubitável escolha, que sempre será acusada de parcial e leviana (além das inevitáveis suspeitas de corrupção), por que não optar pela não opção?

Exatamente: que tal, se por uma vez, o Estado dissesse: renuncio a uma escolha que sempre será parcial, incompleta e falha, e deixo à sociedade e aos agentes econômicos a liberdade de escolha.

Senhores: façam as suas apostas, o caminho está livre, decidam vocês mesmos, operadores, provedores de programas, fabricantes de aparelhos, que tecnologia querem seguir e sejam livres em seus respectivos empreendimentos. O Estado não adotará nenhum padrão: a sociedade e o mercado o farão, em total liberdade, pois a concorrência aberta sempre foi o melhor dos sistemas econômicos. E que vença o melhor... (Depois de alguma confusão, o melhor do ponto de vista dos consumidores acabará fatalmente se impondo).”

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Governo prioriza política industrial, sob protestos de organizações

Em audiência com entidades da sociedade civil, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, confirmou que a prioridade nas negociações se concentra na instalação da indústria de semicondutores no Brasil como contrapartida.

(Leia o teor completo desta matéria neste link).