11 fevereiro 2006

217) Esta praga do Spam, de onde vem mesmo?

De onde vem tanto spam!?

Todo mundo que tem um endereço de e-mail já foi “presenteado” com um mensagem publicitária indesejada em sua caixa, isso é spam. Não adianta inventar, por mais criativo que seja o endereço, as tais mensagens chegam em menor ou maior número sem oferecer um maneira de não recebê-las. Mas afinal, de onde elas vêm?

Antes de tudo, um pouco de história: o termo “spam” - que pode ser usado para denominar qualquer mensagem indesejada enviada em grande quantidade - tem uma origem improvável: o mais aceito é que ele vem de “SPAM”, o nome de uma marca de presunto picante (SPiced hAM, em inglês) muito consumido na Inglaterra pós-Segunda Guerra por ser um dos poucos alimentos não racionado. E como tudo que é demais enjoa, logo o presunto passou a ser rejeitado pela a maioria da população.
Aproveitando essa situação, o grupo de comediantes Monty Python criou um quadro em que um restaurante servia só pratos com SPAM, a garçonete descrevia para um casal os pratos repetindo SPAM para ressaltar a quantidade de presunto que era servida, enquanto ela repetia um grupo de vikings começava a cantar "spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, lovely spam! Wonderful spam!". Não demorou para o termo começou a ser usado em redes de computadores para zombar sempre que alguém enviava um anúncio indesejado em uma sala de bate-papo.

Hoje estima-se que mais de 60% do que circula em e-mail na Internet sejam mensagens não solicitadas, uma grande parte nem chega aos destinatários, pois os grandes provedores adotam ferramentas para o bloqueio. Mesmo assim o número de mensagens recebidas é enorme em alguns casos, elas são enviadas geralmente por empresas até mundialmente especializadas que não são punidas pois não há uma legislação própria para tal na maioria dos países. Estas empresas conseguem relações gigantescas de endereços de e-mails buscando em páginas da Internet ou os montando a partir de combinações prováveis de login e domínio (o login “joaosilva”, por exemplo, com certeza existe na maioria dos provedores) e como o custo de envio de spam é minúsculo e sempre alguém retorna interessado, o negócio torna-se lucrativo.

Há algumas atitudes que ajudam a se proteger, a idéia básica é que aquele quem manda o spam precisa saber seu endereço para enviá-lo, portanto:
- Crie um e-mail em algum provedor que faça encaminhamento para outro endereço (o Gmail faz isso, por exemplo), assim você pode usar esse e-mail em formulários, fóruns e páginas da Internet sem revelar seu endereço real.
Se você começar a receber muitas mensagens não desejadas por ele, desligue o encaminhamento e crie um novo endereço, evitando de perder o seu real;
- Se ainda assim você precisar escrever seu endereço em algum site troque o @ pelos equivalentes “at”, “em” ou “arroba” quando escrevê-lo, isso evita que algum robô que busca endereços nas páginas encontre-o e cadastre-o em uma base das tais empresas; Se você curte enviar mensagens de coisas legais para seus amigos, a primeira sugestão: não o faça, pois mesmo sem querer, você está gerando spam, crie um blog e publique lá o que recebe, seus amigos podem visitá-lo sempre que desejarem;
- Se mesmo assim você quiser encaminhar os e-mails que recebe para amigos, encaminhe colocando os remetentes em cópia oculta, evitando que amigos seus que nunca se conheceram, fiquem sabendo o endereço do outro e que em algum momento, essa lista de endereços caia em mãos erradas;

Por fim, se você abre seus e-mails em um programa específico como o Outlook ou o Thunderbird, use um programa anti-spam, eles costumam ter uma base grande de e-mails já conhecidos e “aprendem” com os seus hábitos, o que depois de algum tempo garante uma caixa razoavelmente limpa.

Enviada por Vinicius Neves